
A rotatividade de funcionários, ou turnover, é um dos maiores desafios enfrentados por empresas que buscam crescer com consistência. Quando colaboradores deixam a organização em ritmo acelerado, não apenas o clima organizacional é impactado, mas também os custos operacionais, a produtividade e a reputação da marca empregadora.
Segundo pesquisa da PwC Brasil, 59% das empresas relatam ter dificuldades com retenção de talentos, e mais de 30% enfrentam taxas de turnover consideradas acima da média de seus setores. Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, entender por que os colaboradores estão saindo é vital para ajustar estratégias, fortalecer a cultura interna e preservar talentos-chave.
Neste artigo, vamos explorar os 12 principais motivos que levam profissionais a deixarem seus empregos e oferecer soluções práticas que você pode aplicar agora mesmo para melhorar sua taxa de retenção. Sua empresa está cometendo algum desses erros?
Quando o Esforço Não é Visto: O Impacto da Falta de Reconhecimento

Sentir-se invisível é uma das piores experiências no ambiente de trabalho. Quando colaboradores entregam resultados, superam metas e se dedicam, mas não recebem reconhecimento, a motivação naturalmente cai. E não se trata apenas de aumentos salariais: elogios públicos, feedbacks positivos e pequenas conquistas celebradas fazem toda a diferença.
De acordo com a Gallup, 76% dos colaboradores que se sentem não reconhecidos estão mais propensos a procurar outras oportunidades em um ano.
3 Ações para combater esse problema:
- Implementar programas de reconhecimento frequente e descentralizado.
- Criar rituais semanais ou mensais para valorizar conquistas.
- Treinar líderes para reconhecer comportamentos, não apenas resultados.
Dado chave: 76% dos colaboradores que deixam empresas citam falta de reconhecimento como motivo principal (Fonte: Harvard Business Review).
Gestão que Afasta: Como a Liderança Pode Ser o Motivo da Rotatividade
Líderes tóxicos ou mal preparados não apenas desmotivam, eles fazem os melhores talentos irem embora. Uma liderança autoritária, ausente ou sem empatia gera medo, insegurança e estresse crônico.
A mesma pesquisa da Gallup aponta que 50% dos profissionais que pedem demissão citam o gestor direto como principal motivo.
Soluções práticas:
- Aplicar avaliações 360º de liderança regularmente.
- Oferecer treinamentos de soft skills para gestores.
- Criar um canal seguro para feedbacks sobre líderes.
Salário Injusto? Como a Remuneração Desalinhada Afasta Talentos

Mesmo que o clima seja bom e a liderança inspiradora, se a remuneração estiver abaixo do mercado, a tendência é a saída de colaboradores qualificados.
Dados da Robert Half mostram que 35% dos profissionais trocariam de empresa por uma proposta com aumento de 10% no salário.
O que fazer:
- Realizar benchmarking salarial anual.
- Reforçar comunicação sobre políticas de remuneração e benefícios.
- Criar planos de bonificação e metas alcançáveis.
Sem Perspectiva, Sem Permanência: A Falta de Crescimento Profissional
Profissionais buscam evoluir. Quando percebem estagnação, a desmotivação é inevitável. A ausência de plano de carreira e falta de oportunidades internas de crescimento são motivos recorrentes de desligamento.
Segundo o LinkedIn, 94% dos colaboradores afirmam que permaneceriam mais tempo na empresa se ela investisse em desenvolvimento.
Estratégias de retenção:
- Mapear trilhas de carreira com base em desempenho e competências.
- Estimular mentorias internas.
- Criar programas de promoção interna estruturados.
Clima Organizacional Ruim: Quando o Ambiente se Torna Insustentável

Ambientes tóxicos, com fofocas, rivalidade e falta de respeito, são grandes inimigos da permanência.
Pesquisas da Deloitte mostram que empresas com clima positivo têm 37% menos turnover.
Como melhorar o clima organizacional:
- Aplicar pesquisas de clima frequentes.
- Promover rodas de conversa e escuta ativa.
- Valorizar a diversidade e criação de grupos de afinidade.
Burnout à Vista: Quando o Trabalho Consome Mais do que Deveria

A sobrecarga é um dos motivos mais silenciosos de saída. Profissionais exaustos desistem antes de adoecer.
Segundo a ISMA-BR, 30% da população economicamente ativa no Brasil sofre com a síndrome de burnout.
Ações imediatas:
- Avaliar a carga de trabalho de cada time.
- Oferecer programas de bem-estar e pausas estruturadas.
- Estimular a cultura de “desligar” fora do expediente.
Liberdade Importa: Como a Rigidez no Trabalho Leva à Saída
Modelos inflexíveis de trabalho, como jornadas fixas e proibição de home office, são motivos frequentes de desligamento, principalmente para gerações mais jovens.
A consultoria McKinsey afirma que 40% dos colaboradores consideram a flexibilidade como fator decisivo na permanência.
Ajustes recomendados:
- Oferecer modelos híbridos ou flexíveis.
- Implementar banco de horas e jornadas personalizadas.
- Avaliar performance por entregas, não por presença.
Quando os Valores Não Batem: O Desencaixe Cultural
Trabalhar em uma empresa cujos valores não se alinham ao do colaborador gera desconforto e falta de sentido.
Estudo da Glassdoor mostra que 77% dos profissionais analisam a cultura organizacional antes de aceitar uma proposta.
Caminhos para o alinhamento:
- Reforçar a cultura nos processos de seleção.
- Comunicar claramente os valores da empresa no onboarding.
- Reconhecer comportamentos alinhados à cultura.
Trabalho Sem Sentido? Como a Falta de Propósito Diminui a Retenção
Funcionários querem mais do que um contracheque. Querem sentido. Missões vazias e metas sem impacto afastam os talentos.
A PwC aponta que 83% da geração Z busca empregos que tenham propósito alinhado aos seus valores.
Como fortalecer o propósito:
- Comunicar o impacto real do trabalho de cada área.
- Engajar colaboradores em causas sociais e sustentáveis.
- Alinhar metas individuais com o impacto coletivo.
No Escuro: A Comunicação Deficiente Como Vilã na Rotatividade
Falta de feedback, mudanças mal explicadas e ruídos entre áreas geram incerteza e desconfiança.
Segundo a Salesforce, equipes com comunicação eficiente têm produtividade 25% maior.
Boas práticas:
- Estabelecer rituais de comunicação clara.
- Criar canais internos de atualizações e escuta.
- Treinar liderança para feedbacks constantes e construtivos.
Além do Salário: Como a Falta de Benefícios Afeta a Permanência

Remuneração emocional também importa. Benefícios como plano de saúde, academia, apoio psicológico são valorizados.
Estudo da Mercer mostra que 62% dos profissionais preferem empresas com pacotes de benefícios robustos, mesmo com salários menores.
Soluções para atrair e reter:
- Personalizar pacotes de benefícios.
- Incluir programas de bem-estar e saúde mental.
- Fazer benchmarking e ouvir os colaboradores.
A Concorrência Leva: Por Que os Talentos Escolhem Outras Empresas
Às vezes, a saída é simples: outra empresa oferece mais. E isso acontece quando a experiência interna não é forte o suficiente para reter.
O LinkedIn aponta que profissionais que se sentem engajados internamente são 87% menos propensos a aceitar propostas externas.

Estratégias para aumentar o apelo interno:
- Reforçar employer branding.
- Criar experiências memoráveis no ciclo do colaborador.
- Medir e atuar sobre o eNPS.
A Rota para a Retenção Começa Pela Escuta
Turnover não é apenas uma métrica: é um sintoma. E, como qualquer problema complexo, exige diagnóstico profundo, empatia e ações estruturadas. Entender os motivos pelos quais os colaboradores deixam sua empresa é o primeiro passo para criar um ambiente onde eles queiram permanecer.
Se sua organização identificou algum desses 12 motivos internamente, é hora de agir. A retenção de talentos é uma construção coletiva que passa por cultura, liderança, reconhecimento e bem-estar.
Na Charya, ajudamos empresas a monitorar clima, engajamento e riscos de turnover com dados reais. Transforme percepções em estratégia.
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